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Projeto hidrossanitário e os erros mais comuns

Você sabia que as principais causas de problemas nas edificações se devem à ausência de projetos hidrossanitários, falhas na elaboração e/ou erros na execução desses sistemas?

Então apresentamos aqui os principais problema

1) Uso fraco de aparelhos sanitários: devido à pressão e vazão de água insuficientes, muitas vezes os aparelhos sanitários (chuveiros, pias, vasos sanitários etc.) não funcionam corretamente ou funcionam abaixo da sua capacidade. Acontece principalmente quando não há o dimensionamento correto das instalações, onde deve ser considerado todas as características da instalação, como distâncias dos pontos de consumo, altura geométrica disponível do reservatório ou a análise da adoção um sistema de pressurização da rede. 

2) Oscilações de temperatura: grandes variações de pressão entre os sistemas de água fria e água quente nos pontos de consumo dificultam a mistura da água  e podem provocar essas oscilações de temperatura. 

3) Mau cheiro e refluxos: são provocados pela ausência ou mau dimensionamento do sistema de ventilação e/ou perda dos fechos hídricos dos aparelhos sanitários. Os vasos sanitários, sifões de pias e lavatórios e os ralos sifonados apresentam um volume de água destinados a impedir que os gases provenientes do interior do sistema predial de esgoto sanitário atinjam as áreas de utilização e, por isso, são chamados de fecho hídrico. 

A perda desse volume de água, por evaporação, vazamentos ou retrossifonagem são um dos principais motivos para maus cheiros nas instalações. 

4) Ruídos e vibrações: a transmissão dos ruídos e vibrações das instalações está bastante associada a edifícios altos e instalações pressurizadas. A movimentação da água sob pressão relativamente  elevada e/ou altas velocidades geram ruídos que se propagam pela canalização e irradiam para o ambiente. Algumas medidas que podem amenizar esse problema é utilizar válvulas e registros com fechamentos mais suaves, limitar as velocidades nas tubulações, dar preferência a utilização de caixas de descargas ou locar peças de utilização na parede oposta à contígua aos ambientes de longa permanência (quartos, salas de estar etc.).  

5) Obstruções em tubulações de esgoto: As principais causas de entupimento nas tubulações é a falta de informação sobre o uso dos sistemas pelos moradores. Restos de comida, excesso de gordura, fiapos de roupas e pequenos objetos são lançados na tubulação e podem ocasionar o impedimento parcial ou total da passagem de água. O uso de triturador de lixo nas pias e manter a manutenção e limpezas periódicas  são algumas das ações que podem ser tomadas para a prevenção dessas obstruções. É necessário lembrar que o projeto sanitário deve evitar as mudanças de direções bruscas nas tubulações, prever pontos de visitas de inspeção e respeitar as declividades e diâmetros mínimos previstos pela NBR 8160.

6) Vazamentos em tubulações: Os vazamentos podem ser originados por falha na ligação do aparelho sanitário e por deformação ou trinca nas tubulações. Quando instaladas embutidas nos forros e alvenarias, o vazamento ocasiona o aparecimento de manchas de umidade, manchas de bolor ou bolhas de ar levantando a pintura. A utilização de produtos e peças de boa qualidade, a previsão em projeto das fixações das tubulações e sua adequação as movimentações que ocorrerão nas instalações, utilização de ralos anti-infiltração são algumas das medidas preventivas que podem ser tomadas.

Fonte : Carvalho Jr., R. Patologias em sistemas prediais hidráulico-sanitários. São Paulo:Blucher, 2015.

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